sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Relatório da Educação foi encomendado pelo Governo

O primeiro-ministro anunciou esta semana ao país, com a devida pompa, que um relatório da OCDE continha grandes elogios às políticas educativas do Governo. Na circunstância, José Sócrates sublinhou que há décadas não se lembrava de tanto elogio junto.
A OCDE, segundo Sócrates, terá mesmo afirmado que em matéria de política educativa, Portugal era um modelo a seguir. Os elogios à resistência da ministra da Educação também fariam parte do relatório da OCDE.
Tudo seria perfeito para o Governo, se o dito relatório fosse de facto da OCDE. Mas 48 horas após o anúncio do relatório, veio afinal a saber-se que o dito documento da OCDE afinal não é da OCDE. Trata-se apenas de um estudo sobre política educativa encomendado e pago pelo governo e que segue os critérios da OCDE. Mas não é da OCDE.
O
O homem com tanta honra e tão bom-nome e só prega mentiras e trafulhices…

3 comentários:

Anónimo disse...

Antigamente, a sujeitos deste jaez, chamava-se "pantomineiros".
Rui Silva

José Espremido Até Ao Tutano disse...

Agora chamam-lhe Sócrates, amigo Rui, mas tem o mesmo significado...

Um Abraço.

Anónimo disse...

Na AR, Sócrates foi interpelado por Paulo Rangel acerca da montagem da encenação do Relatório dito da OCDE que, afinal, não é da OCDE.
Sócrates insistiu, esta tarde, na encenação. Não foi capaz de dizer, preto no branco, que o Relatório não é da OCDE. Manteve a encenação: leu o nome da chefe de divisão de educação da OCDE, sem referir que estava a citar o nome da autora do prefácio do Relatório e não o nome da autora do Relatório.
Desmascarado por Paulo Rangel, Sócrates teve de admitir que acabara de ler o nome, não da autora do Relatório, mas da prefaciadora. Desmascarado por Paulo Rangel, José Sócrates não foi capaz de explicar por que razão enganou os portugueses, ao afirmar, ontem, que o Relatório seria da OCDE. Sócrates não tem emenda: é uma questão de carácter. Insistiu, esta tarde, na AR, na ideia de que o Relatório foi feito por peritos internacionais independentes, esquecendo que um dos autores é o actual Presidente do CCAP, um organismo na dependência directa da ministra da educação. Ignorou, também, que a OCDE não teve absolutamente nada que ver com o Relatório. Não foi capaz nem quis comentar o facto de os autores do Relatório se terem limitado a ouvir 7
municípios, 6 socialistas e 1 independente (Gondomar). Não quis comentar, nem podia, o facto de o Relatório se ter baseado num relatório prévio preparado pelos serviços centrais do ME. Também não comentou o facto de os autores do Relatório terem consultado 4 peritos nacionais, todos eles com posições públicas favoráveis às políticas educativas do Governo. Sócrates é incapaz de admitir um erro. Manteve a sua proverbial arrogância e falta de educação. Não tem emenda. Não tem nível para ser primeiro-ministro.

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