O Presidente da República tem o poder de impedir a assinatura do contrato de concessão da primeira fase da rede ferroviária de alta velocidade (TGV) antes da realização das eleições legislativas, como exige o PSD.Tendo em conta que Cavaco Silva tem insistido em fazer discursos contra projectos que "comprometam o futuro", "hipotequem o futuro das novas gerações", um projecto desta dimensão poderia ser inviabilizado pelo Presidente da República.
Em causa estão projectos com custos de construção avaliados em três mil milhões de euros, incluindo duas concessões rodoviárias, que vão comprometer fundos do Estado nas próximas três a quatro décadas, sobretudo a partir de 2014 - quando chega a factura dos subsídios à exploração. O Orçamento do Estado para 2009 estima em 1,5 mil milhões de euros o contributo de fundos do Estado (a maior parte comunitários) para a execução da linha Lisboa/Madrid.
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