terça-feira, 14 de outubro de 2008

A CRISE FINANCEIRA

Está aí instalada uma grande crise financeira, sim senhor. Não é a primeira. Outras houve, mas não tantas que tivessem comprovado, logo desde o início, que o sistema político faliu. Eu, em particular, gosto de falências nos sistemas políticos, sobretudo do neo-liberal, que foi o que faliu agora. São, por excelência, oportunidades criativas para a humanidade.

Sobre a falência neoliberal, não é preciso dizer mais quando o próprio "The Wall Street Journal" e "The Economist" dedicam-se à auto-flagelação com altas doses de bom humor. A nacionalização da banca passou a ser notícia de abertura e toda a gente apoia essa coisa da "regulação", "intervenção", "participação" do Estado, quando a banca perde dinheiro. Quando ganha, mais vale estar nas mãos de privados. Quando perde, é nossa, do povo. Viva o Povo, dono da banca falida!

Na hora da verdade (rebenta a bolha!), o povo tem sido sempre chamado a pagar a crise do capitalismo nas suas mais variadas formas. Pagou o keynesianismo, o plano marshall, o estado-providência e, agora, deita a mão aos Merrill Lynch por este "mundo ocidental civilizado" fora. O povo tem pago tudo o que tem impedido que o poder caia nas mãos do povo. Viva o Povo!

Mais, num muito incrível momento auto-satírico, o povo tem posado para a fotografia. Sorriso no rosto, debaixo do cu de Wall Street, pousa timidamente as mãos nos colhões da grande finança mundial (está certo que os Rothschild fizeram apostas sobre isto) e depois vai para casa consolidar.
fonte: spectrum

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